Autor de HQV marca presença no 58o Prêmio Jabuti 2016

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Não, eu não ganhei o mais importante prêmio do livro brasileiro. Sequer fui indicado – até porque, nem ousei inscrever meu Histórias (Quase) Verídicas. Mas não há mentira ou pegadinha alguma no título deste post. Sim, eu estava no Jabuti 2016.

Fui gentilmente convidado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), organizadora do prêmio, para a edição deste ano – em tempo, minha gratidão ao diretor-executivo da CBL, Mansur Bassit, e à gerente de Comunicação da entidade, a competente colega Vera Esaú.

Como autor independente e (ainda) desconhecido, a oportunidade de prestigiar, in loco, essa grande celebração à Literatura brasileira já é meu prêmio pessoal.

E lá estive eu, na última quinta-feira 24, no belíssimo Auditório Ibirapuera, em São Paulo (SP), para assistir ao vivo, pela primeira vez, ao Prêmio Jabuti.

O local estava completamente tomado. Todas as esferas de governo enviaram representantes. E eu fui recepcionado por um inédito suco de tangerina com salsa. Só por aí já percebi o quão VIP eu era naquele momento.

Mas, brincadeiras à parte, o Prêmio Jabuti é mesmo grandioso. E, embora tecnicamente eu tenha algumas restrições quanto aos resultados – mas me reservarei ao direito de não entrar no mérito neste post -, a 58a edição do Jabuti foi marcante. Sobretudo pela justíssima homenagem à acadêmica Lygia Fagundes Telles, lá presente e premiada como Personalidade Literária de 2016 pelo conjunto da sua obra.

Aos 93 anos e com dificuldade de locomoção em virtude um acidente doméstico, segundo ela própria, a autora esbanjou simpatia. Lygia chegou a dizer que estava tão emocionada com aquele reconhecimento que, não fosse o problema que a impedia de andar, sairia dançando pelo palco do auditório com todos os presentes ao local.

Contudo, foi uma frase dita por ela com grande ênfase, por duas vezes, que me tocou profundamente – e que, por certo, levarei como epígrafe para o resto da minha vida.

Diante das dificuldades já conhecidas da carreira de escritor no Brasil – em especial para quem está começando -, Lygia Fagundes Telles professorou: “Jovens escritores, não desistam da luta. Eu já fui jovem e não desisti. Como disse o poeta, há uma pedra no meio do caminho. Mas hoje eu digo a vocês: há um caminho no meio da pedra.”

Emocionei-me ao ouvir aquilo. E senti-me ainda mais obstinado na busca pela realização do meu grande objetivo pessoal e profissional.

Ainda que alguém possa querer desvirtuar a intenção de Lygia, a fim de politizar suas palavras – e houve quem o fizesse, lamentavelmente! -, para mim está muito claro que a escritora teve o único objetivo de motivar os novatos, como eu. E eu lhes digo: ela acertou em cheio minha alma e meu coração. Obrigado, mestra!

Não bastasse a oportunidade de ver Lygia Fagundes Telles ao vivo, fui brindado com uma tocante interpretação do conto Então, adeus!, de sua autoria, pela bela atriz e escritora Bruna Lombardi. A emoção tomou conta do Auditório Ibirapuera ao final deste belo ato.

Também quero registrar, aqui, a excelente condução do evento pela não menos bela e supercompetente jornalista Lorena Calabria, mestre de cerimônias do 58o Prêmio Jabuti 2016.

Livros do ano
Na categoria Ficção, a obra vencedora foi o romance “A Resistência”, de Julián Fuks (Companhia das Letras). Em Não Ficção, houve um empate entre a biografia “Mário de Andrade: Eu sou Trezentos – Vida e Obra”, de Eduardo Jardim (Edições de Janeiro) e “Dicionário da História Social do Samba”, dos autores Nei Lopes e Luiz Antonio Simas (Civilização Brasileira).

A relação completa de todos os vencedores do 58o Prêmio Jabuti 2016 pode ser conferida no site da premiação.

Fotos
Confira abaixo alguns registros que fiz durante a festa:

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